domingo, 24 de novembro de 2013

Espionagem dos EUA, demonstração de poder ou medo?

Espionagem dos EUA, demonstração de poder ou medo?

    Todos nos sabemos que os Estados Unidos é a maior potência mundial, quando se refere a economia. Porém essa visão de potência mundial traz algumas desvantagens, e uma delas são os constantes ataques terroristas sofridos por países do oriente médio, o que gera certo medo tantos em seus governantes como na própria população dos EUA.
A pouco tempo, saiu na imprensa mundial, que foram descobertos evidências de que o EUA estava espionando países aliados, inclusive o Brasil. As recentes revelações sobre a ação da Agência Nacional de Segurança Americana (NSA) demonstraram a insuperável capacidade de espionagem dos Estados Unidos proveniente, segundo especialistas, de um medo por ataques terrorista ou de uma suposta tentativa de outros países de derrubar o próprio EUA. A primeira reação foi de indignação, mas a ela devem se seguir ações bem mais concretas. Para alguns especialistas muitos países poderão intensificar o compartilhamento de informações, como já acontece com alguns europeus, e outros talvez continuem esperneando, em vão. "Há muita coisa acontecendo e provavelmente também vão ocorrer mudanças no interior das agências", diz Francesco Ragazzi, professor de relações internacionais da Universidade de Leiden, na Holanda.
A espionagem
Há seis anos, quando era candidato à Presidência , Barack Obama prometeu acabar com o que chamou de "grampos ilegais dos cidadãos americanos". Ele se referia à gigantesca máquina de inteligência montado pelo então presidente George W. Bush para rastrear suspeitos de terrorismo e , assim, tentar evitar ataques como os de 11 de setembro de 2001. A justificativa era que, era preservar a vidas de todos, era indispensável invadir a privacidade de alguns. "A administração Bush propõe uma falsa escolha entre as liberdades que amamos e a segurança que provemos", disse o candidato do Partido Democrata. Obama seria o presidente da paz, do respeito às leis e do multilateralismo - um forte contraste, por sensível aos aspectos legais de suas ações e adepto do "atire antes, converse depois". Obama prometeu que acabaria com as guerras no Iraque e no Afeganistão e, em vez de tomar decisões unilaterais, agiria militarmente apenas com o aval dos aliados e a autorização da ONU. Bush acabou e Obama está no meio do redemoinho agora, vendo suas promessas ser demolidas pela marcha inexorável dos acontecimentos. Agora, sua imagem de presidente da paz vai se evaporando pela decisão de atacar a Síria, e ainda mais pela revelação de que espiona pelos meios tecnológicos mais agressivos. Nos últimos meses, informações revelaram que os americanos grampeiam os telefones e a internet de embaixadas de vários países e da União Européia nos Estados Unidos e que vigiam e-mails de milhões de pessoas ao redor do mundo. Uma reportagem transmitida no Fantástico, deu indícios de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) também espionou as comunicações da presidente Dilma Rousseff e mensagens de celular da presidente mexicano Enrique Peña Nieto quando era candidato.
     Sem negar as acusações, Obama tentou se justificar um dia antes de ir a São Petersburgo, na Rússia, para a reunião da cúpula do G20, grupo dos principais países desenvolvidos e emergentes, onde se encontraria com os representantes de alguns dos governos espionados pela NSA: "Como outros países, temos uma operação de inteligência que tenta melhorar nossa compreensão sobre o que acontece ao redor do mundo". É constrangedor  que, na mesma semana em que foi pego espionando aliados por meio de programas desenhados para monitorar terroristas, Obama tenha tentado convencer esses mesmos aliados a entrar numa aventura militar na Síria que beneficiaria justamente os terroristas que mais riscos significam para o mundo, aqueles recrutados e treinados pela Al Qaeda.
A seguir, alguns comentários de reação à espionagem por autoridades de países "vítimas": 
"Não podemos aceitar esse tipo de comportamento entre parceiros e aliados. Exigimos que isso pare imediatamente." - François Hollande (presidente da França)
"A guerra fria acabou. Não há dúvida de que a luta contra o terrorismo é essencial, e é preciso estar atento ao que acontece na internet, mas tampouco há dúvida de que isso precisa ser mantido em proporção." - Angela Merkel (Primeira ministra da Alemanha)
"É chocante que os Estados Unidos atuem contra os seus aliados mais próximos de forma comparável às medidas tomadas no passado pela KGB, da União Soviética." - Martin Schulz (Presidente do Parlamento Europeu)
" Pedimos que deem esclarecimentos sobre as alegações que foram feitas de uma eventual espionagem. Se isso ocorreu, mesmo, obiviamente seria algo totalmente inaceitável." - Enrique Peña Nieto ( Presidente do México)

Por mais que o governo americano negue, aconteceu de fato a espionagem nos países aliados. Realmente valeria a pena por em risco a confiança de países aliados, por um medo de movimentos terrorista? Ser a maior potencia mundial traz seus riscos, se os EUA tem sua tecnologia altamente avançada, que as use de modo mais consistente e objetiva, pois na intenção de prever inimigos, pode de fato, acabar conseguindo mais inimigos, e não aliados..

Pedro Henrique Nogueira Correia - 3º ano de Eletrônica 

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